Boca de urna mostra opositor Alberto Fernández na frente do presidente Mauricio Macri, mas institutos divergem no tamanho da diferença

Ao menos 75% dos eleitores argentinos foram às urnas neste domingo (11/08/2019) em eleições primárias para referendar os candidatos às eleições de outubro. Como as candidaturas foram definidas previamente por consenso nas respectivas coalizões políticas, as primárias tornaram-se uma espécie de termômetro da eleição presidencial. São informações do Estadão.

Segundo pesquisas de boca de urna divulgadas ontem, o kirchnerista Alberto Fernández (foto em destaque) teve mais votos que o presidente Mauricio Macri, mas institutos divergem sobre o tamanho dessa margem.

A campanha de Macri espera os resultados finais para determinar qual será a estratégia para reverter a vantagem de Fernández.

Por seu lado, o candidato da ex-presidente Cristina Kirchner, que será candidata a vice, esperava ter já nessas prévias a porcentagem necessária para vencer no primeiro turno. Nos últimos meses, Fernández dedicou-se a unificar as vertentes peronistas contra Macri, do Cambiemos, apoiado pela União Cívica Radical.

MAIS SOBRE O ASSUNTO

Mergulhada na recessão econômica, a Argentina vive uma alta crônica na inflação dos produtos da cesta básica, que obrigou o país a cortar subsídios, congelar preços e recorrer a um empréstimo junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

A terceira opção na corrida eleitoral é a chapa do ex-ministro da Economia Roberto Lavagna com o governador de Salta, Juan Manuel Urtubey, do peronismo de centro. No total, há dez chapas disputando a presidência, em um universo de 34 milhões de eleitores.

Peronistas unidos
Fernández votou no meio da manhã em Puerto Madero, o moderno bairro de Buenos Aires onde vive com sua companheira Fabiola Sánchez, atriz e jornalista cultural. “Estou muito tranquilo e relaxado, esperando que os argentinos decidam. Os peronistas estão todos unidos. Estamos muito satisfeitos”, disse.

Cristina Kirchner votou no começo da tarde em Río Gallegos, na província patagônica de Santa Cruz, histórico reduto eleitoral da ex-presidente e de seu marido, Néstor.

Macri também disse estar tranquilo. “Tudo o que tínhamos para pôr no coração, nós colocamos”, declarou. “Vai ser muito importante o que acontecer nesta eleição. É uma eleição que expressa muitas coisas para dentro e para fora do país. Esta eleição define os próximos 30 anos”, disse.

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