O Governo Federal gastou R$ 48 milhões em auditoria que contrariou o presidente e não encontrou nenhuma irregularidade no banco

Paulo Guedes, Jair Bolsonaro e Gustavo Montezano, presidente do BNDES – Foto: Agência Brasil

Jair Bolsonaro deu uma declaração, nesta terça-feira (28), criticando a auditoria realizada no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que recebeu cerca de R$ 48 milhões para abrir uma suposta “caixa-preta” da instituição que o presidente dizia existir. Nada foi encontrado.

“Informações que eu tenho até o momento. Essa auditoria começou no governo Temer e houve dois aditivos. O último aditivo, parece, não tenho certeza, seria na ordem de R$ 2 milhões. Chegou a 48 (milhões de reais) no final. Está errado, está errado”, disse Bolsonaro, criticando os aumentos concedidos ao escritório de advocacia que foi atrás de supostos contratos irregulares.

O contrato inicial foi acertado durante o governo Temer no início de 2018 e custava 6 milhões de dólares. No fim daquele ano houve um reajuste e o valor passou para 7,3 milhões de dólares. Durante a gestão do atual presidente do BNDES, Gustavo Montezano, foi aprovado um aditivo de US$ 3.182.371 ao contrato, fazendo com que o valor total atingisse R$ 48 milhões.

Raspar o tacho

“Parece, parece que alguém quis raspar o tacho. Parece”, disse o presidente. Bolsonaro ainda disse que Montezano – indicado por ele para presidir o banco – é um “garoto” “bem intencionado”. O ex-capitão ressaltou que conhece Montezano desde pequeno.

“A ordem é não passar a mão na cabeça de ninguém. Expõe logo o negócio e resolve”, completou.

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