Dia após dia, os sinais ficam mais evidentes que a relação entre os Poderes Executivo e Legislativo vai de mal a pior. A falta de dialogo entre a Prefeitura e a Câmara tem prejudicado muito o trabalho dos vereadores que, diuturnamente, estão tendo seus pleitos administrativos, comunitários e políticos ignorados não apenas pelo prefeito Eduardo Braide(sem partido), mas, também, pelos auxiliares do primeiro escalão.

Repetindo o feito de outrora, na manhã desta segunda-feira(07), o vereador Astro de Ogum(PCdoB), decano no parlamento Ludovicense voltou a usar a tribuna no plenário Simão Estácio da Silveira para cobrar respostas, principalmente no que tange ao direcionamento das emendas indicadas à saúde.

“Devemos ficar felizes quando temos conhecimento que uma colega conseguiu resolver demandas, contudo queremos entender quais critérios o prefeito vem dando açúcar para uns e fel para os demais. Precisamos saber o que está acontecendo. Não nos beneficiamos quando destinamos emenda para saúde, apenas, indicamos, porém nosso trabalho não vem sendo respeitado. Continuamos sem respostas. A informação da realização de uma força tarefa não foi efetivada. Será que devemos continuar apresentando requerimentos?”, indagou.

Ainda no seu discurso, Astro usou o Código de Hamurabi, rei da Babilônia, no século XVIII e disparou: “não tenho nada contra Braide, mas também não podemos aceitar que ele tenha algo contra os vereadores. A Casa precisa se posicionar de forma definitiva, e a partir de agora devemos adotar o princípio do dente por dente, olho por olho”, disse. O edil ratificou a necessidade de que seja formada uma comissão para cobrar informações sobre o destino dado as emendas impositivas.

O comunista voltou a falar do superávit da prefeitura, que irá ultrapassar a casa de um bilhão de reais em 2023, da mensagem pedindo autorização para serem gastos mais R$20 milhões de reais na comunicação e, ainda, sugeriu a criação da emenda de relatoria, há exemplo do registrado no Congresso nacional, exatamente para que haja um ganho no percentual de 1.2% no valor das emendas dos edis, que já está muito defasado.

“O ano está fechando e a prefeitura tem um superávit financeiro com acréscimo considerável, o que nos faz ter a certeza que dinheiro não é problema. Então precisamos saber exatamente o que está acontecendo. Não podemos viver aqui sendo perseguidos. O orçamento do ano passado mostra que o recurso foi todo gasto, que as emendas da saúde foram utilizadas. Queremos respostas para nossas perguntas e demandas”, finalizou.

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