Durante audiência na Câmara dos Deputados, Moro se recusou a responder se a Polícia Federal solicitou ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) um relatório sobre as atividades financeiras do jornalista

Bolsonaro com Moro e o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept (Montagem)
Alvo de investigação pela Polícia Federal, após a divulgação de reportagens com conversas que mostram que o atual ministro da Justiça, Sergio Moro, atuou em conluio com procuradores da Lava Jato, o jornalista Glenn Greenwald, disse nesta quarta-feira (3) que o ex-juiz utiliza “táticas desesperadas de intimidação”.
“Eu poderia deixar o Brasil a qualquer momento e fazer esse jornalismo e publicar esses documentos dos EUA ou da Europa. Mas eu não vou. Vou ficar. Por que? Porque conheço táticas desesperadas de intimidação, como as que Moro está usando, e sei que eles não têm nada”, tuitou Glenn.
Isso: eu poderia deixar o Brasil a qualquer momento e fazer esse jornalismo e publicar esses documentos dos EUA ou da Europa. Mas eu não vou. Vou ficar. Por que? Porque conheço táticas desesperadas de intimidação, como as que Moro está usando, e sei que eles não têm nada. https://twitter.com/BlogdoNoblat/status/1143601952040849409 …Blog do Noblat✔@BlogdoNoblatGlen Greenwald diz que tem marido e dois filhos adotados brasileiros; tem passaporte americano que lhe permite sair daqui na hora que quiser. Mas que não sairá, apesar de ameaçado.17,4 mil21:37 – 2 de jul de 2019Informações e privacidade no Twitter Ads4.703 pessoas estão falando sobre isso
O texto foi uma resposta a um tuíte do jornalista Ricardo Noblat, que publicou que Glenn “diz que tem marido e dois filhos adotados brasileiros; tem passaporte americano que lhe permite sair daqui na hora que quiser. Mas que não sairá, apesar de ameaçado”.
Audiência
Durante audiência na Câmara dos Deputados, Moro foi questionado diversas vezes se a Polícia Federal solicitou ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) um relatório sobre as atividades financeiras do jornalista.
Apesar da insistência dos parlamentares desde o início da sessão, o ministro não respondeu a questão. Ele afirmou que não participa das investigações e que, essa questão deve ser feita “ao órgão certo”.