Ei, você, eu te quero um bem enorme, viu? Sim, mesmo depois de toda a nossa história com um final não tão bonito assim, mesmo depois de todos os tropeços, eu só te quero bem. Vou te guardar com carinho, sabe por quê?
Acredito, fielmente, que cada um é o que é e oferece aquilo que tem. Eu nunca senti com o seu coração, eu nunca pensei com a sua razão, eu nunca andei a sua jornada, então, eu não sei o que te faz sentir, agir e caminhar assim. Eu conheço o que você me mostrou, mas não toda a sua história.
Eu conheci sua parte boa e, diga-se de passagem, ela é muito boa, viu?! Pode se orgulhar do seu sorriso que aquece qualquer coração. Pode saber que seus olhos de cor indefinida são bonitos por demais, principalmente, quando você está falando sobre o que gosta.
Eu conheci a sua parte ruim. O silêncio, o opaco (transparência não foi seu forte), o medo, o distanciamento. E… Eu podia me apegar a isso e sentir raiva, guardar mágoa e rancor, principalmente, pela forma como tudo acabou: em silêncio. Mas, não… Não… Eu não sou assim.
Eu aprendi a me colocar no lugar do outro, por mais que eu não o entenda. E eu tenho feito isso com você, sabe?! E tudo o que eu vejo quando faço isso é um menina grande por fora que carrega uma mulher assustada do lado de dentro. Se eu tenho razão? Não sei. Também nem vem ao caso. Só tô querendo dizer que eu não te quero mal porque você quebrou um pedaço do meu coração. Eu te quero bem porque você me fez bem também. Seria injusto dizer que não.
Eu escolho te guardar com carinho e ter cuidado com tudo o que você deixou. Eu escolho te querer bem, ainda que não perto e escolho te perdoar, ainda que você não reconheça o erro, os erros. Talvez, na sua mente, nem houve erro algum. Vai saber…
Eu escolho guardar de você não a despedida, mas o nosso primeiro encontro. Esse sim, eu vou guardar muito bem guardado. Eu escolho guardar de você o quente da sua mão na minha e dos abraços no meio da noite. Não o frio do adeus silenciado. Ei, eu te desejo um bem enorme, viu?!