Aquele último fim pareceu ter levado um pedaço de mim. 
E aí eu comecei a desconfiar de muita coisa e muita gente. 
Isso tudo dificultou me aproximar de novas pessoas. 
No primeiro sinal de alguém tentando chamar minha atenção, eu me escondia. 
 
“Hoje não dá.” 
“A vida está corrida.” 
“Ando sem tempo.” 
“Fim de semana tenho compromisso.”  
 
Fugia das pessoas e me escondia em mim. 
Nas longas horas do fim de semana. 
 
É por isso que estou me acostumando a gostar de novo e isso está acontecendo com você. 
Estou relembrando o gosto bom de sentir que alguém se preocupa com a gente. 
Assim. Bem na raiz do gostar. 
 
Quando a gente vive muitos fins fica difícil acreditar em novos começos. 
 
Parece que estou reaprendendo a acreditar que as coisas também podem funcionar para mim.  
Olha que louco o efeito que alguém que vai embora da nossa vida causa na gente, né? 
 
Acho que vai ser um erro buscar uma garantia de história feliz para cada pessoa que eu conhecer. Esse tipo de coisa vai fazendo sentindo aos poucos na nossa cabeça. Levei um tempo acreditando que o problema era eu e agora gosto da ideia de pensar que a solução sou eu.  
Aquela última pessoa que passou pela minha vida, hoje passa pela vida de outra pessoa e o que eu posso fazer por mim? Me apegar na dor não vai fazer eu sentir amor mais rápido. 
 
Por isso estou me acostumando. 
Um passinho por dia.  
Uma mensagem sua que me tira o stress e coloca um sorriso de canto. 
Uma por vez. 
Um dia que a gente sai. 
Outro que a gente combina de sair mais. 
 
A diferença do mesmo eu de antes para o eu de agora é que eu estou entendo que quem controla a minha vida sou eu, não alguém que passou por ela. 

Estou cuidando de mim para cuidar melhor de você que agora está por aqui comigo. 

por Cystopher Plekanovsky

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