A proposta da CBF de aplicar a partir do Campeonato Brasileiro deste ano regras de fair-play financeiro tem grande apoio dos clubes. O Estado procurou os 20 times da Série A para questionar a opinião de todos sobre as medidas que visam a responsabilidade financeira. Das 12 equipes que retornaram ao contato da reportagem, a maioria se disse favorável à novidade e alguns defendem até mesmo a aplicação de punições para quem não cumprir as regras.

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O plano da CBF é instituir práticas de governança corporativa, transparência, compromisso com salários e responsabilidade fiscal no futebol brasileiro. Para isso, no próximo dia 28 será votado no Rio o texto final da proposta do fair-play financeiro. A entidade quer estabelecer a aplicação gradual da medida ao longo de quatro anos. Para os casos mais graves e reincidentes, estão previstas punições até mesmo como o rebaixamento de divisão.

“O fair-play financeiro será lançado este ano, para que haja responsabilidade na contratação de jogadores, pagamento na hora, tudo aquilo que a gente espera de uma ação administrativa competente, organizada, transparente e ética, para que possamos, permanentemente, prestar contas do nosso trabalho e dos nossos resultados”, disse o secretário-geral da CBF, Walter Feldman.

A proposta da confederação complementa a postura já estabelecida por alguns clubes brasileiros de aumentar o controle sobre as finanças. A contratação de dirigentes profissionais para cuidar da área e o estabelecimento de planos de metas têm ajudado equipes a se reerguer. O Flamengo, por exemplo, reduziu a dívida em R$ 200 milhões nos últimos sete anos. Outras diretorias também têm procurado fazer o mesmo caminho.

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