Segundo a reportagem da Veja com o The Intercept Brasil, Moro pediu que a acusação incluísse provas nos processos que chegariam às suas mãos, mandou acelerar ou retardar operações e ainda fez pressão para que determinadas delações não andassem, como a de Eduardo Cunha

Revista Veja publicou nesta sexta-feira (5) extensa reportagem sobre as conversas vazadas entre procuradores do MPF e o ex-juiz federal Sérgio Moro. Segundo a revista, através de análise de 649 551 mensagens, fica claro que Moro atuou como chefe do MPF, pedindo a inclusão de provas em processos, mandando acelerar ou retardar operações e fazendo pressão contra delações.

Em reportagem publicada na edição desta sexta-feira, a Veja comprovou a veracidade de mensagens vazadas por fonte anônima ao Intercept e apontou que o caso é ainda mais grave do que havia sido publicado até o momento. Segundo a matéria, “Moro cometeu, sim, irregularidades” e “comportou-se como chefe do Ministério Público Federal, posição incompatível com a neutralidade exigida de um magistrado”.

Entre as incorreções do ex-juiz, os diálogos mostram que Moro pediu que a acusação incluísse provas nos processos que chegariam às suas mãos, mandou acelerar ou retardar operações e ainda fez pressão para que determinadas delações não andassem, como a de Eduardo Cunha. Pelas mensagens pode se notar que o ex-juiz dava bronca e “corrigia” peças dos procuradores.

A revista destaca avaliação do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Eros Grau. “O juiz deve aplicar a lei porque na terra quem manda é a lei. A justiça só existe no céu. Quando o juiz perde a imparcialidade, deixa de ser juiz”, destaca Grau, em tese sobre o papel de um magistrado.

Confira a reportagem completa.

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