“É importante o PGR levar ao Temer a questão do Humberto Martins, que é mencinoado na OAS como recebendo propina (SIC)”, disse Deltan a Eduardo Pelella, assessor de Rodrigo Janot. “Deixa com ‘nós'”, respondeu Pelella

Humberto Martins, Dallagnol e Teori (Montagem)

Os tentáculos de Deltan Dallagnol com a notoriedade obtida pela Lava Jato fez com que o procurador de Curitiba (PR) buscasse influenciar inclusive na escolha do nome que substituiria Teori Zavascki, morto em acidente aéreo em janeiro de 2017.

Segundo diálogos divulgados nesta quinta-feira (1º) pela Folha de S.Paulo e The Intercept, Dallagnol teria enviado a Eduardo Pelella, assessor do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, informações para serem entregues ao então presidente, Michel Temer, para barrar a indicação de Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para a vaga de Teori.

“É importante o PGR levar ao Temer a questão do Humberto Martins, que é mencinoado na OAS como recebendo propina (SIC)”, disse Deltan ao colega. “Deixa com ‘nós’”, respondeu Pelella.

Filho
Segundo reportagem, os documentos mostravam que Martins era um dos alvos da delação de Léo Pinheiro, da OAS.

Como o acordo com a empreiteira não fora assinado nem homologado pela Justiça, as informações fornecidas por Léo Pinheiro durante as negociações não podiam ser usadas pelos investigadores. Mesmo assim, Dallagnol insistiu com Pelella.

“Não tá nos anexos, mas iriam entregar. Só não lembramos se era corrupção ou filho… vou ver se alguém lembra e qq coisa aviso, mas já cabe a ponderação pq seria incompativel”, afirmou.

Segundo Léo Pinheiro, a OAS pagou R$ 1 milhão a um filho do ministro em 2013 para obter uma decisão favorável no STJ.

Em janeiro deste ano, Martins disse à Folha que nunca atendeu pedidos da OAS e sempre se declarou impedido de julgar ações em que o filho atue.

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