Ela procurou a delegacia para denunciar Marinésio Olinto, assassino confesso de duas mulheres no DF

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Mais uma mulher procurou a 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina) nesta quinta-feira (29/08/2019) para denunciar o cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto (foto em destaque), 41 anos. A moradora de Planaltina, de 50, que prefere não ser identificada, contou ter vivido o terror nas mãos do maníaco, em abril deste ano.

Diz que foi abordada por ele quando subia para a parada de ônibus na Rua Piauí, na mesma região administrativa. Recorda-se que o homem passou com a Blazer prata gritando: “Rodoviária do Plano Piloto”. Por se tratar de um local onde o transporte é deficitário, ela resolveu embarcar no carro do cozinheiro que confessou ter matado duas mulheres no DF.

“Ele disse que eu podia me sentar no banco da frente. A lotação estava vazia, mas ele logo falou que na próxima parada ia lotar”, conta a mulher. Durante todo o trajeto, eles conversaram normalmente e Marinésio fez até brincadeiras. “Disse que me conhecia de algum lugar. Eu falei que podia ser, porque eu sou cabeleireira. Brincou que depois ia no meu salão, cortar o cabelo. Por isso que lembrei dele, pelo coque no cabelo. Ele disse que estava deixando crescer”, explica ela.

Mulher diz ter sido ameaçada por maníaco com faca: “Desce, vagabunda”

A mulher conta que, quando se aproximaram de alguns uns pés de eucalipto na estrada, o motorista desviou. Ela perguntou: “Moço, para onde você está indo? Eu tô atrasada”. Segundo o depoimento, o homem que ela reconheceu como Marinésio disse que ia descer para “mijar rapidinho”.

“Ele parou o carro, pegou uma faca, deu a volta e abriu minha porta. E falou: ‘Desce agora, vagabunda’. Eu fiquei com muito medo e disse ‘Moço, não faz isso’. Mas ele mandou eu descer e tirar a roupa”, afirmou.

A mulher conta que, nesse momento, dois policiais passaram pelo local e pararam. Quando foram abordados, ela conta que o suspeito garantiu que os dois estavam namorando no caminho. “Afirmou que eu estava querendo transar com ele, pagar um boquete. Eles não viram a faca pressionada contra minha barriga, porque ele me abraçou”, ressaltou.

Ele disse que ela era uma prostituta e os policiais acreditaram na história contada pelo agressor. “Ainda me chamaram de vagabunda. Depois, foram embora. Marinésio também. Eu fiquei lá sozinha”, ressaltou. Na ocasião, não registrou ocorrência, segundo disse, por medo. Nesta quinta, prestou depoimento na 31ª DP.

A vítima foi acompanhada à DP do seu advogado, Wilson Osmar de Jesus. Ele disse que foi professor de Letícia de Sousa Curado, 26, assassinada pelo maníaco. “Era uma pessoa boa, educada. Não sei por que alguém faria isso”, disse, emocionado. Wilson conta que foi ao salão para raspar a barba e se deparou com a mulher que foi vítima de Marinésio. “Eu na hora a encorajei a denunciá-lo na DP, porque a justiça tem que ser feita”, afirma. A vítima reconheceu o maníaco pela TV.

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