“Além do isolamento, o presidente Bolsonaro percebeu só depois das declarações que a eventual saída do PSL causaria uma celeuma para o financiamento de campanhas futuras”, disse um correligionário do presidente, indicando que Bolsonaro, mais uma vez, vai voltar atrás

Depois de dizer a aliados que iria sair do PSL nesta quarta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro parece ter recuado e deve continuar na sigla. Segundo fontes ouvidas por Marcelo Ribeiro e Raphael Di Cunto, do Valor Econômico, ele teria ficado isolado após abrir fogo contra o partido e o presidente da legenda, o deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE).

“Além do isolamento, o presidente Bolsonaro percebeu só depois das declarações que a eventual saída do PSL causaria uma celeuma para o financiamento de campanhas futuras”, disse um parlamentar que acompanhou de perto a briga entre o presidente e o dirigente do PSL.

Segundo este correligionário, a única forma de Bolsonaro deixar a legenda é através de uma expulsão. Em entrevista ao Antagonista, mais cedo, Bolsonaro havia afirmado que não tinha interesses de sair por “livre e espontânea vontade”.

Ele ainda avaliou que caso deixe o PSL, a sigla vai “murchar”. “Comigo fora da legenda, a tendência do PSL é murchar. Se eu sair, é natural que muita gente saia também”, declarou.

A confusão começou quando Bolsonaro disse para um seguidor “esquecer o PSL” e declarar que Bivar “está queimado”. A repercussão foi forte e muitos correligionários defenderam o dirigente, para a surpresa do presidente.

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