Essa noite eu deixei a minha melhor barba para você, daquelas com prenúncio de apocalipse sexual.

Eu poderia ser enigmático e dizer que eu gostaria de te despir só com os olhos, mas não, hoje eu quero te despir de cima a baixo com as mãos. Com vontade. Aliado a beijos arrastados no pescoço, daqueles que arrepiam e estimulam a vontade de pular toda essa primeira etapa. Dizeres intumescidos de sacanagens ao pé do ouvido, proporcionando aquela sensação que faz seu pescoço pender para o lado oposto, lado que a minha mão segura com firmeza e acomoda seu cabelo por trás da orelha.

Te pego de jeito, assumo meus afetos, espanto suas inseguranças e nos desprotejo das possíveis expectativas.

A gente se amassa ali mesmo na rede enquanto os lados se alternam, junto com as quedas de cabeça e arrepios. As mãos se afagam, apertam, examinam, apalpam e se moldam ao decorrer das nossas mais selvagens e instintivas vontades.

Ficamos naquele redemoinho de lençóis, roupas, indecências, e tudo começa a ficar divertido quando você percebe que já está fazendo tudo o que prometeu a si mesma que nunca faria. Arrependimentos aliado ao tesão mais soberano. E o “assim não” seguido do mais promíscuo “não para”…

Por fim eu te jogo no sofá, coloco suas pernas nos meus ombros e te faço lembrar que só escrevi esse texto para te deixar na vontade. Gostosa.

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