O esquema de desvio de dinheiro público por meio de emendas dos vereadores de São Luís revelados durante a “Operação Faz de Conta” desencadeado pelo Ministério Público e a Polícia Civil, em novembro de 2019, não parou. Muito pelo contrário, a ORCRIM continua e, agora, com ainda mais força. A diferença é que possui novos “cabeças”.

A estrutura criminosa que utiliza entidades espalhadas por diversos bairros de São Luís para receber dinheiro público destinado por meio de emenda de vereadores, está enraizada na Câmara de Vereadores com participação dos próprios parlamentares.

Da estrutura que atuou no passado, apenas um contador que foi alvo da “Operação Faz de Conta” continua operando no esquema. Esse contador muito conhecido nos corredores da Câmara conta com a participação do filho, um jovem muito ligado a agiotagem maranhense.

A diferença desse atual grupo criminoso é que são mais audaciosos, destemidos e se gabam de ter “costas largas”. Parecem não ter medo da atuação do Ministério Público e da Polícia Civil vez que, segundo contam vantagem, são protegidos por membros do judiciário maranhense.

A impressão que fica é como se a operação de novembro de 2019 tivesse funcionado apenas para beneficiar o atual grupo criminoso em detrimento dos primeiros “operadores”, algo como uma espécie de “boi de piranha”.

Pior que isso é o fato dos vereadores que deveriam fiscalizar os gastos com o dinheiro público serem, tragicamente, aqueles responsáveis pelos desvios das verbas usando Associações, Institutos e ONG’s.

Para se ter uma ideia, agora no final do ano, foi “desovado” quase R$ 4 milhões de reais de emendas por meio desse esquema, boa parte através da Secretaria Municipal de Segurança Alimentar, que criou um projeto social fictício com a fajuta justificativa de distribuição de cestas básicas no período de pandemia da covid-19.

Mas esse assunto conto com mais detalhes em outro post…

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