Quantas vezes nos perguntamos: qual nossa função no mundo? A essência, o existir por si só, por muitas vezes, já nos oferece desafios contra nós mesmos. Descobrir e se redescobrir. Transformar. Reinventar-se. Versões de nós que conhecemos, que imaginamos, que imaginam de nós. Que somos? Realmente quem se é? Que dor é essa que nos arranca o chão sem oferecer as estrelas? Que visão romântica se pode ter do eterno começar e recomeçar da vida?

Não sei muito sobre Platão, nem sou profunda conhecedora da filosofia. Estudo espiritismo, mas também não sei muito. Por mais que eu estude política, sua ética na prática me confunde e entristece. Sociologia é uma eterna paquera de ponto de ônibus… onde eu fico e ela passa a me observar pela janela. Movimento. Quais? Qual próximo passo de dança? Não aprendi a coreografia da vida. Qual próximo desafio? Viver é desafiar-se? Para que? Para quem? Por quê?

Somos personagens platônicos do mito da caverna? Estamos acorrentados? Mas quais as correntes que nos prendem? O que nossa imaginação projeta com as sombras que ilustram nossa existência? Que medo nos aprisiona a ponto de renunciarmos o nosso encontro com o lugar ao sol? A quais subjetivas forças concedemos o poder para nos oprimir e minimizar? Menosprezar?

Escrever, só o que consigo agora. Cada letra digitada no teclado me provoca sentimentos que ainda não sei externar. Reflexões. Perguntas íntimas. Medo das respostas. De respostas da minha consciência sempre tão crítica e criticada. Quantos de nós legitimamos muito mais as observações de terceiros sobre nós, mais que a nossa própria? Se somos os únicos que realmente nos conhecemos por completo…

Por que tanta importância a tanta gente que não nos quer bem, nem por perto, nem vencendo?

Sobre todas essas respostas, talvez nunca as tenha. Obrigada pela companhia na mínima leitura até aqui.

Cristiana Cerqueira
Mestra em Ciências Sociais&
Professora Universitária&
Consultora Política&
Publicitária

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