A palavra “crime” passou a ser usada a partir da divulgação, neste fim de semana, de reportagem que mostra que Deltan Dallagnol e outros procuradores agiram ao arrepio da lei para obter dados sigilosos da Receita Federal de pessoas que queriam investigar

As revelações feitas na série de reportagens da Vaza Jato, divulgadas pelo site The Intercept em parceria com diversos veículos da imprensa, já são tratadas como “crime” entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a coluna Painel, da jornalista Daniela Lima, na edição desta segunda-feira (19) da Folha de S.Paulo, a palavra “crime” passou a ser usada a partir da divulgação, neste fim de semana, que mostram que Deltan Dallagnol e outros procuradores agiram ao arrepio da lei para obter dados sigilosos da Receita Federal de pessoas que queriam investigar.

Os novos chats de Telegram apontam que, em inúmeras ocasiões, o núcleo da Lava Jato procurou saber da vida fiscal de pessoas próximas a suspeitos investigados na operação, muitas vezes sem que houvesse qualquer indício de que essas pessoas tivessem cometido ilegalidades.

Os dados eram solicitados de maneira “informal” – isto é, sem autorização judicial – a Roberto Leonel, auditor fiscal da Receita até o ano de 2018. Em 2019, no governo de Jair Bolsonaro, Leonel se tornou presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)

De acordo com a Folha, os magistrados do STF que antes falavam em faltas funcionais graves agora usam a palavra “crime” para definir. Segundo a jornalista, como já existem procedimentos que investigam a atividade da Receita, as notícias de uma atuação conjunta e informal de agentes do Fisco com a Lava Jato tendem a ampliar a pressão sobre o órgão.

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