A sensação de ter uma história de amor interrompida é dolorosa demais para ser absorvida rapidamente, sobretudo quando tomamos consciência de que o tempo passado juntos não irá se repetir e as lembranças dos momentos felizes parecem abrir buracos em nosso coração.
![](http://gazetadomaranhao.com/wp-content/uploads/2019/07/59305786_1179915628836817_8856197056541229056_n-1-240x300.jpg)
Um amor que sofre uma inesperada intervenção do destino nos corrói justamente porque nunca saberemos o seu fim. A gente sofre e, na nossa cabeça, dá continuidade à história. A gente fantasia e alonga os anos, sempre trilhando o caminho da perfeição. Essa narrativa nunca desanda, nem tem rotas espinhosas, já que no mundo dos amores eternos podemos ser deuses e decidir o nosso destino.
Ter uma história de amor interrompida é se despedir de uma pessoa querida que parte para o desconhecido. É dar adeus a nosso lar – onde nos sentimos aconchegados e protegidos –, que tinha tudo para continuar sendo o nosso recanto.
O fato é que dizer adeus é dolorido demais para que saibamos lidar com isso com maturidade; o sofrimento da partida é sempre inédito – e necessário. Precisamos nos preparar para a hora de nos despedir e aprender a guardar os bons momentos na memória, mas sem achar que tudo o que não aconteceu seria lindo.