No alto dos seus 66 anos, o promotor de Justiça aposentado Almir Coêlho Sobrinho, marido da prefeita do município de Vitória do Mearim, Dídima Coêlho (MDB) deu um “xeque mate” na política vitoriense.

Repleto de problemas de ordem administrativa, fortes indícios de corrupção na gestão da esposa, sobretudo, na área de saúde, e prestes a ser alcançado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Vereadores, Almir encontrou uma forma de se livrar dos problemas e, ainda por cima, mandar seus desafetos para cadeia.

Foi então que o “ex-promotor”, também secretário de Gabinete da própria esposa, montou uma trama na qual conseguiu flagrar por meio de gravações de áudios um grupo de vereadores tentando negociar valores para parar a CPI que investiga indícios de desvios de recursos da saúde do município.

A trama deu certo!

Os vereadores foram presos, desmoralizados perante a opinião pública e, para completar, a justiça “tomou o mandato” dos parlamentares.

Para se ter uma ideia do tamanho do estrago político feito por Almir Coêlho, dos 13 (treze) vereadores de Vitória, 7 (sete) foram cassados, dando espaço para os 7 (sete) suplentes que já assumem as cadeiras no próximo dia 12 de julho.

Dizer que Almir Coêlho ludibriou o Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e a Seccor – Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção é levantar falso testemunho, mesmo porque os áudios (gravações) envolvendo o pedido de dinheiro por parte dos vereadores, de fato, existem.

O que causa perplexidade é o fato do marido da prefeita Dídima sair intacto de uma trama montada por ele mesmo, isto é, sem qualquer acusação em seu desfavor. E o melhor, as mazelas contra a gestão da sua esposa, por hora, foram completamente esquecidas.

Uma jogada de mestre

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